HISPANISTA Vol XIX  75  Outubro - Novembro - Dezembro de 2018
Revista eletrônica dos Hispanistas do Brasil Fundada em abril de 2000
ISSN 1676
904X
Editora geral: Suely Reis Pinheiro
QUEM SOMOS
EDITORIAL
Vida&Poesia 

 1968: Uma Revisão - 4ª Parte:  As barricadas que abalaram o mundo

                   Manoel de Andrade

 Nesta última parte do ensaio sobre o ano de 1968 desfilam as vanguardas estudantis do mundo inteiro, comandando os fatos naquele ano de lutas memoráveis. Vladimir Palmeira, no Brasil, Daniel Cohn-Bendit, na França, Rudi Dutschke, na Alemanha, entre outros. A Batalha da Maria Antônia, no centro de São Paulo, a luta campal no Quartier Latin, em Paris, o Massacre de Tlatelolco na cidade do México, e o sangue dos caídos neste embate, são fatos indeléveis na história das trincheiras políticas daquele ano. 

CRIAÇÃO

Poesía en Roma

Santiago Montobbio

     Roma. Guía de Roma. La oculta guía/ de la poesía. En Roma se dan/ misteriosos pasos, y es la poesía/ quien los guía”, diz um dos poemas deste livro, que de fato é um singular guia de Roma, um guia feito de poemas. Podemos acompanhar el poeta al ler estes poemas escritos em Roma nos  misteriosos passos que nela se dão, e que neles a cidade e a poesia  resulta siempre em surpresa. Porque este livro constitui uma vivência da poesia e de Roma, com a qual se descobre uma nova e singular perspectiva. Quem ler este livro poderá viver, andar, sentir Roma enquanto acompanha o poeta em seus passos e seus poemas escritos nela, enquanto se encontram em igrejas e lugares desconhecidos, nas ruas, nas praças, nos jardins, nas fontes, nos museus, nos cafés, em infinitos ângulos imprevistos, e fixa-se em detalhes inesperados e percebe e sente os anjos que parece que de modo misterioso se encontram e nos acompanham em alguns destes desconhecidos lugares e nos dão as boas-vindas a esta experiência para a sensibilidade que é este livro, Poesía en Roma, que é sentido enquanto acontece e andamos também nós mesmos através de seus poemas e com eles Roma. 

ESTUDOS LINGUÍSTICOS

Comunicación sincrónica y asincrónica en el proceso de prendizaje/adquisición del español con referencia a Costa de Marfil

 Seydou Koné   

Nossa problemática é saber como a Internet se conjuga perfeitamente com alguns dos pressupostos teóricos e práticos comumente reconhecidos no campo da aquisição do espanhol língua estrangeira. Partimos da hipótese de que a utilidade dos mecanismos de comunicaçãos sincrônica e assincrõnica adquire uma importância singular no processo de ensino/aprendizagem do ELE. Realmente, a Internet proporciona um ambiente que conduz ao aprendizado de línguas porque favorece algumas das condições importantes para sua aquisição como nós mostramos no trabalho presente. O contexto sociocultural é essencial à competência comunicativa e especialmente a participação periférica legitima do estudante durante as atividades de uma comunidade de falantes ou  prataicantes. Chama mais a atenção em um pais com poucas possibilidades de contatos com as manifestações da língua de destino como é o caso da  Costa do Marfim.

ESTUDOS LITERÁRIOS

O esperpento de Valle-Inclán e a deformação da narrativa

                                         Raquel da Silva Ortega

Analisamos a estética do esperpento presente na trilogia La Guerra Carlista, de Valle-Inclán. O autor articula elementos como o bizarro, o ridículo e o grotesco, deformando não apenas elementos da narrativa (personagens, jogo cênico e linguagem), mas também os gêneros literários, ao apresentar La Guerra Carlista como uma paródia do gênero epopeia.

Migrar como alternativa de progreso: apreciaciones en torno a la novela El camino, del escritor español Miguel Delibes

Gracineia dos Santos Araújo 

  Nesta análise focalizamos o tema das migrações do campo para a cidade, como alternativa de progresso, a partir das vicissitudes do protagonista Daniel, el Mochuelo, no romance El camino (1950), do escritor Miguel Delibes. Tudo isso tendo em conta a experiência pessoal do autor, em cuja obra elabora um retrato de sua Castela natal, baseando-se em um conjunto de elementos obtidos da realidade.  

A contribuição da análise do discurso crítica para a construção do termo letramento crítico

Camila Miranda Machado 

Este artigo busca refletir sobre as contribuições da Análise Crítica do Discurso (ADC) na construção do termo Letramento Crítico. Para isso, abordaremos temas como; Linguística Sistêmica Funcional (LSF), o conceito de discurso na concepção de Fairclough. Em seguida, traçamos um percurso histórico do termo letramento, dando ênfase ao letramento crítico e à contribuição da ADC para a reformulação desse termo.

A Linguagem cronístisca de Juan Villoro: uma forma de resitência

        Simone Silva do Carmo   

   Este artigo propõe uma reflexão sobre a centralidade que o escritor mexicano Juan Villoro dá ao gênero crônica e a recursos estilísticos como o humor e a ironia em seu projeto de escrita, centralizando a discussão na coletânea de crônicas que compõem Safari accidental, 2005. A análise aqui apresentada fundamenta-se nos estudos teóricos desenvolvidos por Umberto Eco, Carlos Monsiváis e Néstor García Canclini.  

Consciência crítica latino-americana: superação do pensamento colonizado  

Geraldo Antônio da Rosa & Carla Spagnolo & Sirlei Tedesco

Este artigo pretende elaborar uma crítica do sujeito e sua realidade latino-americana em transitoriedade para um despertar da consciência de si mesmo. A partir de uma análise da constituição da modernidade e suas representações em termos de educação e cultura como processos continuados de colonização, conduziremos para uma imersão em estudos do pós-colonialismo, objetivando situar o sujeito latino-americano efetivamente emancipado. A pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório e de natureza qualitativa, toma por base o pensamento da geocultura em Rodolfo Kusch (1999), em diálogo com os princípios da consciência crítica em Paulo Freire (2001), correlacionando às epistemologias do sul de Boaventura de Sousa Santos (2010). Os resultados apontam para o reconhecimento da existência da colonialidade do pensamento como continuidade do processo histórico de opressão dos colonizadores e, a partir dessa constatação, o desenvolvimento de uma nova consciência crítica para a constituição da identidade pautada no ser, saber e estar latino-americano.

 NORMAS
Normas para envio de artigos
CONSELHO

Conheça os membros do Conselho Editorial

CORRESPONDENTES

Conheça os nossos Correspondentes no Brasil e no Exterior

NÚMERO ATUAL DA REVISTA HISPANISTA

Visite o número atual

NÚMEROS ANTERIORES DA REVISTA HISPANISTA
Visite nossos números anteriores
PORTAL HISPANISTA
Retorne ao portal