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Iemanjá, a senhora das águas salgadas

  Nome do Autor: Tereza Marques de Oliveira Lima
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tmolima@centroin.com.br

Palavras-chave: candomblé - Iemanjá -  Luísa Leonardo

Minicurrículo: Professor adjunto de Literatura Norte-Americana na Universidade Federal Fluminense (aposentada). Mestre em Língua Inglesa pela UFF e Doutora em Língua Inglesa, Literaturas Inglesa e Norte-Americana pela USP.Desde 1986 sua área de pesquisa tem sido os Estudos Sulistas Norte-Americanos enfocando, principalmente, a obra de Eudora Welty e as escritoras sulistas. É membro do Conselho Editorial da Revista de Estudos Anglo-Americanos (da Associação Nacional de Professores Universitários de Língua Inglesa e Literaturas de Língua Inglesa), Open to Discussion (UERJ), Lactitud ( da Anônimos Latinos, on-line) e Revista Brasil de Literatura – Seção de Literaturas de Língua Inglesa (on-line).

Resumo: A partir das características do arquétipo de Iemanjá, o orixá feminino que é a grande mãe na tradição yorubana, o presente trabalho analisa a história de vida e a obra de Luísa Leonardo, uma escritora baiana do século XIX, uma mulher incansável e inquebrantável que se dedicou às artes.

Resumen: A partir de las características del arquetipo de Iemanjá, el orixá femenino que es la grande madre en la tradición yorubana, el presente trabajo analiza la historia de vida y la obra de Luísa Leonardo, una escritora bahiana del siglo XIX, una mujer incansable e inquebrantable que se ha dedicado a las artes.

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A água sempre fez parte integrante da minha vida. Não me lembro de como era a água primeira que conheci—o líquido amniótico que me envolvia e me protegia no útero da minha mãe—, mas intuo que este tenha sido um tempo privilegiado, um tempo necessário para me presentear com as ferramentas que eu precisaria para entrar no mundo exterior. 

Não me recordo da primeira vez que vi o mar, mas creio que deva ter sido um dos momentos mais marcantes para a minha alma. A beleza de sua cor, com seus inúmeros tons de azul e verde, suas ondas mansas beijando nossos pés na areia! Suas ondas poderosas, em dia de ressaca nas praias das Flechas e de Icaraí, a invadir a calçada e fazer parar todos que ali acorriam, encantados com essa visão! 

Na praia da Boa Viagem1 —nome recebido por fazerem, os marinheiros, preces à Virgem Maria, para que lhes concedesse uma boa viagem— o poder da lua e das marés era uma lição de vida e de respeito: na maré baixa, o mar deixava ver o caminho de areia que levava até à ilha e à igreja construída pelos jesuítas. Ah, mas na maré alta tudo mudava: o mar mostrava a sua majestade e cobria a areia, a pequena praia, e nada indicava que aquele espaço tinha uma outra face em outra época. Por essa razão construíram uma ponte que, contudo, parece inútil quando o visitante vê o mar na maré baixa!   

Ah, o mar! Não me surpreende os inúmeros projetos marítimos e de conquista pelo mar! Não me surpreende que o Infante D. Henrique tenha tido tantos candidatos à Escola de Sagres! Não me surpreende que tantos navegadores tenham cruzado os sete mares! Não me surpreende que tantos poetas tenham cantado o mar em tantas línguas! 

O mar é o símbolo que fala da dinâmica da vida.2 Tudo sai do mar e a ele retorna, apresentando um movimento contínuo e eterno. Ele é o lugar dos nascimentos, das transformações e dos renascimentos. O mar é, normalmente, o símbolo da vida e da morte, pois também é associado a um estado de ambivalência permeado por dúvida e por incertezas. 

Na civilização greco-romana, o mar era reverenciado com sacrifícios de cavalos e touros, considerados símbolos de fecundidade. Mas o mar não era só um símbolo positivo, pois os antigos também acreditavam que dele surgiam monstros destruidores. 

Na grande epopéia da literatura ocidental, a Odisséia de Homero, Ulisses, seu herói, tem que enfrentar várias provas enquanto tenta retornar, depois da Guerra de Tróia, à sua ilha, Ítaca, onde lhe aguarda sua fiel esposa Penélope, durante os vinte anos de espera do regresso do homem amado. 

Uma dessas provas é sobreviver ao canto das sereias. No mundo greco-romano, elas são divindades meio mulher e meio peixe, de extrema beleza, que, com sua melodia enganam e destroem a todos que a ouvem. 

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Num de seus mais reveladores episódios, Ulisses, querendo escutar o seu canto, segue os conselhos dados pela feiticeira Circe: coloca cera nos ouvidos dos marinheiros para que eles não sucumbam, nem ao belo canto, nem a seus próprios pedidos, e pede para ser amarrado ao mastro:

 

... Agora escuta o que tenho a dizer e não te esqueças disso, peço-te. Em primeiro lugar, encontrarás as sereias, que enfeitiçam todo aquele que delas se aproxima. Se qualquer homem, inocentemente, aproxima-se e ouve sua voz, jamais volta à pátria, jamais verá sua esposa e seus filhos correndo para saudá-lo alegremente: as sereias o encantam com sua voz melodiosa. Há um grande prado onde elas ficam e, em torno, um grande montão de ossos, carcaças e peles secas. Não te detenhas naquele lugar e não deixes os homens ouvir; é melhor amassar um bom pedaço de cera e tampar com ela seus ouvidos. Se quiseres ouvir, manda os homens amarrar teus braços e tuas pernas e prender bem teu corpo ao mastro, e então poderás deleitar-te com o canto quanto quiseres. Dize aos homens que, se gritares e ordenares que te soltem, devem te amarrar ainda mais, com outras cordas.3   

 

É interessante lembrar que o canto da sereia traz o aporte de ser algo relacionado ao conhecimento do mundo:

 

... Quando, porém, o navio chegou a uma distância de terra capaz de ser coberta pela voz humana, as sereias nos viram aproximar e cantaram sua melodiosa canção: 

Vem por aqui admirabilíssimo Ulisses, glória da nação! Pára teu navio e ouve a nossa voz! Nenhum homem navegou por aqui sem primeiro ouvir a voz que escapa por nossos lábios, doce como o mel! Não, ele andou muito e volta à pátria mais experiente, pois sabemos tudo que os gregos e os troianos sofreram nas planícies diante de Tróia, pela vontade do céu, e tudo que acontecerá na face da mãe Terra! 

Assim cantavam elas, melodiosamente. Do fundo do coração eu queria ouvir e ordenei a meus homens que me desamarrassem, sacudindo a cabeça e mexendo com as sobrancelhas, mas eles continuaram remando. Perímedes e Euríloco imediatamente se levantaram, puseram mais cordas em torno de mim e apertaram com mais força. Mas, quando já estávamos bem longe das sereias, de maneira que não pudéssemos ouvir mais suas vozes, meus companheiros tiraram a cera dos ouvidos e me desamarraram.4        

 

Assim escapou o indomável herói, que soube escutar os conselhos da feiticeira e se precaver. Mas da fala das sereias fica o vislumbre de um insondável caminho sem volta: ter o conhecimento do presente, do passado e do futuro é bem tentador, mas se paga um preço por isso! 

A beleza das sereias percorreu os mares e os séculos e aportou no Brasil onde se juntou ao mito de Iemanjá, trazendo para nós uma configuração da deusa como uma mulher de longos cabelos que lhe enfeitam a silhueta com o efeito de um magnífico véu! Essa representação brasileira muito se afasta da africana, na qual a deusa tem as mamas extremamente volumosas e deformadas, atestando a sua essência de grande mãe, aquela que deu a vida a quinze orixás, filhos nascidos da dor de uma mãe usurpada pelo próprio filho. 

As lendas sobre Iemanjá nos falam de lutas e violência, de perdas e dores. Uma delas fala do seu casamento com Oquerê, rei de Xaci e da briga que os dois tiveram quando quebraram todas as regras que nortearam sua união: ele não falaria de seus seios volumosos e ela não faria nenhuma menção a seus testículos exuberantes, seu gosto pela bebida e nunca visitaria seus aposentos. 

A briga começou quando Oquerê chegou bêbado em casa, tropeçou na esposa e vomitou no chão da sala. Os dois esqueceram o acordo firmado e começaram a trocar ofensas que foram tomando uma proporção desmesurada até culminar com a tentativa de Oquerê em bater em Iemanjá

Quando Iemanjá fugiu, tomou o caminho da casa de sua mãe, Olokum. Tempos atrás, esta tinha dado à filha uma garrafa com uma poção mágica que deveria ser usada em momentos de grande necessidade. E assim Iemanjá o fez: jogou a garrafa no chão e viu formar-se um rio que a conduziria ao mar, a morada de Olokum

Quando Iemanjá viu que Oquerê, para impedir que ela seguisse seu curso, se transformara em Oquê, a montanha, a deusa pediu que seu filho Xangô a ajudasse. Depois de pedir oferendas, ele trouxe a chuva forte e enviou um raio tão poderoso que dividiu a montanha em dois pedaços que, juntos, deram lugar a um vale por onde passou Iemanjá Ataramabá, o rio livre e caudaloso, rumando sereno ao encontro de sua mãe, Olokum, o mar.5           

A trajetória da escritora Luísa Leonardo nos fala também de perdas e dores. 6 Fala de uma mulher incansável e inquebrantável que se dedicou às artes. Entre as deusas yorubanas, sua história de vida a aproxima do arquétipo da senhora das águas salgadas, Iemanjá

Quando Luísa Leonardo nasceu no Rio de Janeiro em 1859, parecia que sua vida seria tranqüila como o caminho de um barco num mar de ondas serenas. Jovem bem nascida, sua mãe era neta da Viscondessa de Nassau e, seu pai, professor de música no Instituto Benjamin Constant, era, ao mesmo tempo, afinador da Casa Artur Napoleão e do Paço Imperial. 

Na escolha de seus padrinhos, vê-se que os pais queriam para ela a proteção soberana, tanto no plano espiritual como no material: sua madrinha foi a Virgem Maria e seu padrinho, o Imperador D. Pedro II. Com tais padrinhos, quem poderia esperar uma vida de dificuldades?  

Ah, mas quem somos nós para entender os desígnios de Deus! 

Crescendo num ambiente familiar em que a música era parte integrante e importante, não é de se estranhar o caminho percorrido pela jovem. Luísa era uma menina vivaz, dedicada aos estudos, enfim, era o orgulho de seus pais! Seu coração começou a conhecer uma batida diferente e mais forte quando, aos oito anos de idade, tem, na platéia de convidados para o seu primeiro concerto, o Imperador D. Pedro II. Esse foi um importante momento em sua vida: o padrinho, ao ver o talento da afilhada, encaminhou-a para Paris, para estudar com os grandes mestres da época. 

Luísa não o decepcionou: em 1877, compôs para seu benfeitor a Grande Marcha Triunfal! Dois anos mais tarde, recebeu seu diploma e o primeiro prêmio do Conservatório de Música em Paris que lhe abriu as portas para o mundo. Considerada uma virtuose e primeira intérprete de Chopin, não é de admirar que chegasse a pianista oficial da Real Câmara de Luís I! 

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Mas faltava algo a Luísa e esse algo era a sua pátria e sua cidade natal, o Rio de Janeiro. Ao entrar na baía da Guanabara, ao ver o recorte dessas montanhas que tanto amava, o azul desse mar que recordava em seus sonhos, sentiu uma paz invadir a sua alma e estava totalmente certa de ter ali dias ainda mais felizes e de sucesso dos que conhecera do outro lado do Atlântico!  

Ah, mas quem somos nós para entender os desígnios de Deus! 

Luísa Leonardo não obteve no Rio de Janeiro o reconhecimento e a continuação do sucesso que havia obtido na Europa. Mas ela era uma mulher forte! Mesmo com a dor da rejeição dilacerando o seu coração, não se deixou abater e abraçou, com toda a determinação que possuía, uma nova arte: a representação. Sua estréia no teatro foi em Salvador, na companhia Fanny, no Teatro Politeama, em 1885. 

É importante assinalar que ela interpretou o papel de Nora da peça Casa de Boneca de Ibsen, um escritor famoso na época e que trouxe novos assuntos para o palco, como essa personagem que escolhe a liberdade e deixa a família e o marido. De que recessos de seu ser, trazia ela as emoções de que necessitava para dar vida a Nora? Que dores ela trazia do passado para compor a personagem? Quem saberá? 

A afilhada da Virgem Maria e do Imperador D. Pedro II não queria só se dedicar às artes. Ela respeitava a escolha de outras mulheres que optaram por não casar, mas queria ser feliz no casamento e construir a sua própria família, a partir de dois seres distintos, mas complementares. 

Não tive acesso a nenhuma carta de Luísa ou a nenhum diário seu, ou a qualquer outro documento em que pudesse adentrar o seu mundo privado, mas ela me parece uma mulher dotada de uma profunda capacidade de amar, de se doar, enfim, uma filha de Iemanjá

A jovem era uma dessas mulheres que estão sempre à procura de um sentimento maior de completude! Ao saber que poderia criar também com palavras, começou a escrever para jornais e revistas do Rio, São Paulo, Pará, Pernambuco e Bahia. 

Dona de uma cultura invejável, falando várias línguas, tendo conhecido a vida de importantes cidades européias, Luísa, inteligente e querida por todos, teve, como amigos, renomados homens de Letras e da música da época como Carlos Gomes, Olavo Bilac e Machado de Assis. Para o famoso músico compôs o Hino a Carlos Gomes, quando da inauguração da sua estátua em Campinas no ano de 1905. 

Fico imaginando como seria um sarau no qual estivessem Mollie Moore Davis7 e Luísa Leonardo, só para mencionar estas duas escritoras. Duas mulheres cultas, inteligentes, com um importante papel a cumprir no século XIX. 

Mas, como eu já disse, a trajetória de Luísa foi marcada por muitas dores e perdas. A amizade do autor e ator Francisco Moreira de Vasconcelos foi um outro divisor de águas em sua vida. Encantado com a amiga, certo de estar frente a frente com uma mulher e uma profissional admiráveis, Francisco escreveu várias peças para a atriz. A amplitude dessa amizade ficou evidente quando ela enterrou o manuscrito da peça que tinha escrito, intitulada Calvário, junto ao corpo do amigo. Depois da morte de Francisco, ela viajou para a Argentina e Paraguai dando concertos de piano. Mas sua trajetória de perdas e dores continuou: ao voltar para o Rio de Janeiro está à beira da miséria. Seu corpo e sua alma já cansados finalmente encontram refúgio num colégio de freiras.  

O fim da caminhada de Luísa Leonardo se dá em Salvador, no ano de 1926. Ela deixou para nós um número considerável de peças para revistas teatrais, além de outras, para canto, violino, flauta, clarineta e piano. Seu legado também abrange contos, novelas, poemas e crônicas. Deixou-nos também o romance Gazel —publicado na forma de folhetim, em capítulos na Gazeta da Tarde no Rio de Janeiro em 1881. Gazel, a heroína que dá nome ao romance, é uma moça extremamente mimada pelo pai, um banqueiro que vem a ser traído por um homem que o deixa na miséria. Quando se dá conta do seu estado, o homem morre por não poder suportar a dura realidade. Gazel se casa com um jovem rico e que a ama, mas ela o trai com um homem que se revelará um mau caráter. 

Presa na prisão de Saint Lazare, ela passa momentos de dor e rejeição por parte das outras mulheres criminosas que aí estão. Prenderam Gazel por acharem que ela era cúmplice do roubo da família Lauzan, a sua própria família. Ao perceber que o seu amante era o homem que roubara o pai, ela sofre enormemente e morre vítima de uma febre cerebral. Só o amor de Eduardo a poupa da autópsia, considerada como a “última abjeção moral no mundo”. 

 

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Gazel é um romance sentimental e cheio de peripécias. Podemos perguntar: que ideologia Luísa Leonardo partilha nesse romance? Primeiramente, vê-se a filha mimada e fútil, acostumada ao luxo, a própria encarnação do que a burguesia poderia acarretar de pior. Insatisfeita com seu casamento, incapaz de dar um novo rumo positivo à sua vida como, por exemplo, a personagem Nora de Ibsen, ela trai o marido que a amava. Sofre e morre sozinha, ciente e arrependida dos erros do passado. Perdas e dores. O castigo, a punição. Um alerta para as moças do seu tempo.

* * * 

Ah, Iemanjá, será a literatura para vossas filhas o mesmo que a garrafa com a poção mágica? Será a literatura a certeza da existência de um rio que as guiará para o aconchego de Olokum

De onde vem a força que ampara vossas filhas para que elas sobrevivam a tantos infortúnios sem perder a fé? 

Às vezes, quando a noite chega, deixo meu coração inquieto ir ao encontro do horizonte, bem lá naquele ponto onde o mar adentra o céu. Ao sentir a calma que me traz essa tranqüila paisagem, eu me pergunto se é necessário sofrer para se alcançar um estágio de bondade e entendimento do ser humano. Acredito que não. Uma amiga sábia um dia me disse que o amor, como a dor, eleva e ensina. 

Luisa Leonardo soube amar muito, com um amor puro que só os grandes seres como ela conseguem conceber. Deixou-nos um legado literário e um legado de vida que são sendas luminosas. 

Ela e tantas outras filhas de Iemanjá foram mulheres incansáveis e inquebrantáveis que conheceram a dimensão da dor, mas não permitiram que o sofrimento as transformasse em seres amargos. Acreditaram no homem e na palavra, na força do Verbo que redime e guia. 

Este texto é parte do livro Notícias de Outros Mundos. Lendas, imagens e outros segredos das deusas nagô, escrito em parceria com Denise Pini Rosalem da Fonseca, que está em vias de publicação. Usando a meta-ficção historiográfica, o livro focaliza a vida e a obra de cinco escritoras baianas e cinco da Louisiana no século XIX. 


1 Localizada na cidade de Niterói, Rio de Janeiro.

2 Jean Chevalier e Alain Gheerbrant. Dictionnaire des symbols: mythes, rêves, coutumes, gestes, formes, figures, couleurs, nombres. Paris : Ed. Seghers e Ed. Jupiter, 1974. vol. De H à Pie. pp. 202-204.

3 Homero, Livro XII, A Odisséia (em forma de narrativa). Tradução e adaptação de Fernando C. de Araújo Gomes. Ilustrações de Edmundo Rodrigues.  Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. Texto integral. p. 136.

4 Homero, Livro XII, A Odisséia, p. 139.

5 Reginaldo Prandi, “Iemanjá foge de Oquerê e corre para o mar”, Mitologia dos Orixás. pp. 383-384.

6 Todas as informações bio-bibliográficas sobre Luísa Leonardo reproduzidas neste texto foram colhidas em Zahidé Lupinacci Muzart, “Luísa Leonardo”, Zahidé Lupinacci Muzart (org.), Escritoras brasileiras do século XIX. pp. 843-872.

7 Mollie Moore Davis (1844-1909), nascida em Nova Orleans, Louisiana, é uma das cinco escritoras norte-americanas apresentadas em Notícias de Outros Mundos. Lendas, imagens e outros segredos das deusas nagô.

PRANDI, R eginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

Sobre o autor:
Tereza Marques de Oliveira
E-mail: tmolima@centroin.com.br
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Sobre o texto:
Texto inserido na revista Hispanista no 10
Informações bibliográficas:
OLIVEIRA,
Tereza Marques de. Iemanjá, a senhora das águas salgadas. In: Hispanista, n. 10. [Internet] http://www.hispanista.com.br/revista/artigo91.htm 
 

 

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