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Quem disse que ficção é mentira? – Cervantes e os dilemas da criação

Nome do Autor:                                          Celia Regina de Barros Mattos     

                                         celitamattos@gmail.com

Palavras-chave:         Leitura -  hermenêutica – obra de arte – verdade

Currículo: Doutora em Poética pela UFRJ onde leciona Literatura Espanhola, atuou na Faculdade de Educação com investigação em Leitura, é aposentada da UFF. Colaboradora da Pesquisa do CNPq. - “Da Torre de Marfim à torre de Babel” no IEL - Unicamp. Pesquisa Cervantes – Dom Quixote e, pela via da Poética, conjuga Arte e Educação (literatura, música e teatro). Cursos, Congressos e publicação: Dom Quixote à pro-cura da cura; O teatro em Dom Quixote; O sepulcro de Dom Quixote; “A tradução em Dom Quixote”; Dom Quixote à pro-cura de um lugar - Revista terceira margem UFRJ; Entre o desencanto de Darío e o entusiasmo de Huidobro, navega Dom Quixote nas ilimitadas fronteiras do poético”; “O texto poético na aula de leitura -  exercitando o diálogo língua-literatura”; “Poético, o texto mais cheio de sentido no diálogo da intercompreensão”; Do ensino fundamental ao ensino médio – a leitura enquanto diálogo.  

 Resumo:  A quantidade de adeptos aos estudos cervantidos e a variedade de temas  apresentados no IX  CINDAC nos mobilizaram a convocar Hermes, o mensageiro que, por sua aptidão de fazer a conexão – deuses-humanos, em determinado momento, por exigência dos estudos literários, acabou saindo de cena e delegando ao homem o poder.de interpretar. Conhecedores dessa notícia,  tomamos a via da hermenêutica para, além de justificarmos a profusão de temas apresentados no referido congresso, nos aproximarmos do dilema  de Cervantes entre seguir rigorosamente a preceptiva e assegurar a educação dos leitores fora do risco da evasão que enlouqueceu D. Quixote e/ou liberar o dinamismo que se esconde atrás do visível – as coisas do espírito. Descobrimos que esse autor, optando.pelo “caminho do meio” –  o caminho da arte, caiu nas malhas do fingir, sem dar-se conta de que a raíz latina, de onde vem fingir e ficção, é “fingere” que significa também educar . Mesmo querendo fingir, Cervantes educou e segue educando no tempo. 

Resumen:  El gran número de adictos a los estudios cervantinos y la variedad de temas que se presentaron en el IX CINDAC nos movilizaron a convocar a Hermes, el mensajero que, por su aptitud de hacer la conexión – dioses-humanos, en determinado momento, porque lo exigieron los estudios literarios, dejó de cumplir ese papel, delegando al hombre el poder de interpretar. Con ese conocimiento, tomamos la vía de la hermenêutica para, además de justificar la profusión de temas  presentados en dicho congreso, acercármonos del dilema de Cervantes entre seguir con rigor la preceptiva y salvaguardar la educación, lejos del riesgo de la evasión que volvió a don Quijote loco y/o dejar libre el dinamismo que se esconde detrás  de lo visible – las cosas del espíritu. Descobrimos que ese autor, optando por “el camino del medio” – el camino del arte, se hizo víctima de la trampa del fingir, sin darse cuenta de que la raíz latina desde donde viene “fingir” y “ficción” es “fingere” que significa también “educar”. Aun queriendo fingir, Cervantes educó a la gente y sigue educándola en el tiempo.

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Sobre o texto:
Texto inserido na revista Hispanista no 63

Informações bibliográfica: Mattos, Celia Regina de Barros.  In: Hispanista, n. 63[Internet] http://www.hispanista.com.br/revista/artigo510.htm

 

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